A ESCOLA DO SENHOR II
Porque em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão que vem contra nós, e não sabemos nós o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti... assim o SENHOR vos diz: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão; pois a peleja não é vossa, mas de Deus. Neste encontro, não tereis de pelejar; tomai posição, ficai parados e vede o salvamento que o SENHOR vos dará...Não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR é convosco...Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém também se prostraram perante o SENHOR e o adoraram...Crede no SENHOR, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis. II Cron 20:12b,15b,17a,18,20b
Aqui vemos claramente o resultado da escola do Senhor, um exemplo de sucesso e de prática da palavra de Deus mediante a circunstância.
Os, moabitas, amonitas e meunitas vinham guerrear contra Judá, Josafá o rei, prontamente verificou sua posição desfavorável e, ao contrário da mulher com problema no fluxo sanguíneo que gastou todo dinheiro antes de buscar o Senhor (E uma mulher, que tinha um fluxo de sangue, havia doze anos, e gastara com os médicos todos os seus haveres, e por nenhum pudera ser curada Luc 8:43) ele pôs-se prontamente diante de Jesus “Então Josafá teve medo, e pôs-se a buscar o SENHOR” II Cron 20:3a. A diferença de postura mostra que o esgotamento em qualquer território da nossa vida é por nossa causa e não por causa dEle, não é do objetivo de Deus nos esgotar como aconteceu com a mulher enferma citada, é do objetivo de Deus sim que vivamos uma vida cada dia mais em Cristo, aos pés do Mestre. Nossas forças não resultam nunca em nada, apenas nos revelam o pior de nós. Se observarmos Asafe e o Filho mais velho da parábola do Filho pródigo tem o mesmo problema. Os dois estão enfadados pois buscam a santidade em si mesmo e não no Senhor, querem cumprir coisas, tarefas e atos para achar o favor de Deus e se sentirem melhores que os outros, o que é impossível no vislumbre divino, Deus não admite obras feitas por homens com coração soberbo, Ele quer obras que vêm de um coração sincero e temente a Deus, feitas conforme Sua vontade. Comparemos os dois personagens, Asafe e o Filho mais velho.
- Asafe:
Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos...Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas mãos na inocência Sal 73:2,12
Rejeitará o Senhor para sempre e não tornará a ser favorável? Cessou para sempre a sua benignidade? Acabou-se já a promessa de geração em geração? Esqueceu-se Deus de ter misericórdia? Ou encerrou ele as suas misericórdias na sua ira?Sal 77:7-9- o Filho mais velho:
seu filho mais velho estava no campo... ouviu a música e as danças... ele se indignou, e não queria entrar... disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos Lu15:25b,28,29b
Vemos que os dois sofriam do mesmo problema, o legalismo, sentimento que nunca é aprovado na escola do Senhor. O Deus da graça não admite executivos autônomos da fé, somente os servos dependentes propostos a lançarem o bom perfume de Cristo. Por nós preferimos ser como Asafe ou o Filho mais velho, Deus precisou acabar com a força deles, assim como Ele faz com a nossa.
Josafá é um excelente exemplo de quem foi esperto e entendeu rápido “teve medo e pôs-se a buscar”. Sua atitude concatena em um versículo a oração que deveríamos sempre fazer no momento em que aparece o problema “Porque em nós não há força... porém os nossos olhos estão postos em ti”II Cron 20:12 Reconhecer a incapacidade mesmo quando se acha capaz é primordial. Por vezes precisamos de uma situação desesperadora como a de Josafá para termos esta atitude que ele teve, creio que a maturidade da fé tem muita relação também com nossa postura em relação a Deus quando aparece uma situação que julgamos que resolveremos muito bem e esquecemos de apresentá-la no altar, só a dependência total pode trazer o total sucesso.
A atitude seguinte de Josafá e do povo fala muito conosco: prostação e adoração (cf v. 18). Já vemos algo sobre isso. Esta atitude sempre vem seguida da revelação do Senhor e nunca antes, só os Filhos de Deus podem de fato adorar. Qual a revelação? A soberania e a proteção dos seus.
O resultado desta atitude sempre revela uma expressão da pessoa do Cordeiro, pois se pudéssemos resumir em uma expressão a prostação e adoração poderíamos dizer que isto quer dizer “não mais eu, mas Cristo”.
A consequência?
A vitória dos que se rendem a dependência do Senhor. Podemos observar que apesar de esperar no Senhor a solução o povo se movimenta sem medo em direção ao inimigo.
Nesta batalha não tereis que pelejar; postai-vos, ficai parados, e vede a salvação do SENHOR para convosco/Amanhã descereis contra eles... amanhã saí-lhes ao encontro, porque o SENHOR será convosco.II Cron 20:17a,16a,17b.
Parece contraditório mas é a manifestação da graça somada a confiança. Deus luta por nós e nos dá a atitude de confiar nEle e é nessa confiança que geralmente caímos e que a escola de Deus não permite reprovados. Desconfiamos mais do Deus perfeito e onipotente do que de pessoas pecadoras como nós. Tornamos em nossas mentes o amor do Pai menor que nossos problemas a medida que a angústia é maior que o descanso junto ao trono da graça. Apesar de extremamente comum isto é inaceitável, é errado e Deus precisa tirar isto de nós a começar em mim.
Que a vitória da Graça revelada em Cristo como no exemplo do povo nesta passagem seja nosso alicerce de vida.
Tendo chegado os homens de Judá à altura donde se vê o deserto, olharam (somente olharam!!) para a multidão; e eis que lá não havia mais que cadáveres estendidos por terra, não tendo podido escapar ninguém.... porque o SENHOR os alegrara sobre os seus inimigos. II Cron 20:24,27b
tende bom ânimo, eu venci o mundo Jo 16:33b
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